Pompeia (Itália) – A cidade renascida das cinzas.

O Forum de Pompeia com o Vesúvio em fundo.
A cidade de Pompeia situa-se no sul de Itália a cerca de 25 Km de Nápoles. Trata-se de uma cidade pequena com as infraestruturas normais para uma cidade da sua dimensão. Não será por este motivo que a área é considerada património da humanidade pela UNESCO. A cidade moderna de Pompeia alberga no seu interior as ruínas da cidade romana com o mesmo nome, tendo a primeira crescido em função desta última. A cidade romana de Pompeia recebe anualmente largas dezenas de milhares de turistas que percorrem calmamente as suas ruas e praças, descobrindo como era a vida dos romanos há cerca de dois mil anos. 

Efetivamente, as ruínas de Pompeia representam uma das maiores catástrofes naturais que aconteceram no planeta Terra. Até ao dia 24 de agosto de 79 d.C. a cidade romana de Pompeia era uma próspera cidade com cerca de 15 mil habitantes. Contudo, este dia, marca o início do fim da cidade, já que a 25 Km de distância, nos arredores de Nápoles, o Vesúvio entrava em erupção. Certamente que os habitantes da cidade pensaram que estavam em segurança, protegidos pela distância ao vulcão, o que revela um profundo desconhecimento e desrespeito pelas forças da natureza.
A erupção começou com uma intensa chuva de cinza vulcânica (lapilli), acompanhada de sismos violentos que destruíram a cidade, soterrando a maioria dos seus habitantes. Algumas horas depois a erupção evoluiu para o tipo mais mortífero já que se formou, na cratera, uma nuvem piroclástica que desceu rapidamente o flanco do Vesúvio em direção a Pompeia — a 25 Km — e a Herculano, nos arredores de Nápoles. Esta nuvem desloca-se a uma velocidade entre os 800 e 1000 km/h (a velocidade de um avião comercial), incinerando tudo por onde passa, uma vez que no seu interior estão gases a cerca de 1000ºC! Com esta velocidade e com esta temperatura, esta nuvem piroclástica demorou pouco mais de um minuto a percorrer os 25 km até atingir Pompeia. As cidades atingidas por esta catástrofe ficaram totalmente soterradas por uma espessa camada de cinza vulcânica, com cerca de 8 metros de altura! 

O estado de conservação de alguns edifícios de Pompeia é notável.
Pompeia apenas foi descoberta no séc. XIX e puseram a descoberto grande parte da cidade romana, com os seus belos mosaicos e pinturas murais dos séculos II e I a.C. Além de Pompeia, a maior das cidades atingidas, também Herculano situada a escassos quilómetros da cratera do Vesúvio e Stabia, esta situada junto ao porto de Nápoles foram também soterradas.
Como é óbvio, esta não foi uma catástrofe isolada do Vesúvio, certamente que voltará a acontecer, só não se sabe quando. Se pensarmos que esta área encontra-se hoje intensamente urbanizada, com mais de 3 milhões de habitantes vivendo a escassas centenas de metros do Vesúvio, então está explicada a razão pela qual este é o vulcão mais vigiado do mundo.

Artefactos recuperados nas escavações de Pompeia. 
A cinza vulcânica permitiu criar moldes em gesso, neste caso de um cão em sofrimento.
Pompeia-Modelo em gesso de um ser humano.
Herculano-O estado de conservação das ruínas é também notável.
Herculano-Exemplar do estado de conservação de algumas pinturas.
Em primeiro plano as ruínas de Herculano, ao fundo, num plano mais elevado,
vemos as modernas casas de Nápoles que foi parcialmente construída sobre
Herculano e por último o eterno Vesúvio.

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