Florença (Itália) – A cidade de excessos…


Florença - A ponte de Vecchio sobre o Arno.
Florença fica situada na Toscânia, mais ou menos a meio caminho entre Milão e Roma. A cidade possui mais de 80 museus, a ponte mais famosa da Itália (ponte de Vecchio), lindas praças, ambiente acolhedor, centenas de pessoas a passear nas suas ruas estritas e um centro histórico que é património da humanidade. Florença é a capital do renascimento. Se pensarmos, ainda, que por esta cidade passaram os maiores vultos da arquitetura, da pintura e da ciência, então temos uma cidade de excessos. A cidade reúne grande parte do acervo artístico italiano, como a obra mais famosa de Michelangelo, uma das mais bonitas igrejas do mundo e um dos mais ricos acervos de pintura do planeta.

As principais atrações de Florença são: A catedral (Duomo) com uma arquitetura gótica bem peculiar, começou a ser construída em 1296 e demorou vários séculos para ser concluída. Além da fachada, lindíssima, revestida por mármore branco e verde, que proporciona ao visitante um jogo de efeitos fantásticos, esta catedral possui a famosa cúpula de Brunelleschi com o fresco de Giorgio Vasari (O Juízo Final, 1572-79). O Campanário é a torre do sino da catedral; tem 82 metros de altura. As maiores riquezas do campanário, iniciado em 1334 sob a orientação do pintor Giotto, estão na fachada e nos relevos de terracota de Andrea Pisano.
O Batistério, situado em frente da catedral, é a construção mais antiga do conjunto que poderia ser chamado de “santíssima trindade arquitetónica” da Piazza del Duomo, composto, também, da catedral e do campanário. As grandes atrações do batistério, erguido no século VI, são as portas, principalmente as do lado leste, chamadas por Michelangelo de Porta do Paraíso, cujo autor é Lorenzo Ghiberti (1425-1452).

O edifício da geleria Uffizi foi construído em 1560 por Cosme I, grão-duque da família Médici, a mesma que controlou a cidade no período mais rico da história florentina (entre os séculos XIV e XVI). Hoje, alberga a fantástica coleção de pinturas reunida pelos Médici. Entre as obras mais famosas da galeria encontra-se Doni Tondo (ou Sagrada Família), de Michelangelo; Madona de Goldfinch, de Rafael, e Vênus de Urbino, de Ticiano, além da Primavera e O Nascimento de Vênus, de Botticelli.

A ponte de Vecchio, sobre o rio Arno, é o mais famoso bilhete postal de Florença. Foi construída em 1345 e hoje alberga dezenas de belas lojas, quase todas ourivesarias. O palácio Pitti é uma imponente construção de 1460 projetada por Filippo Brunelleschi. Alberga um conjunto de museus, dentre eles a Galleria Palatina. O seu acervo é uma verdadeira overdose de famosos pintores italianos: Rafael, Ticiano, Caravaggio, Filippo Lippi, Andrea del Sarto e Tintoretto.

Embora não esteja incluída na maior parte dos roteiros turísticos, na nossa opinião, uma visita ao museu da história da ciência de Florença é obrigatória. Se nos lembrarmos que o método científico teve origem no renascimento, mais precisamente nesta cidade, com Galileu como expoente máximo, então este museu reúne os primeiros instrumentos que fundaram a ciência moderna. Percorrer as salas deste museu é como folhear os livros da escola; lá está o plano inclinado de Galileu, vários telescópios e diversos outros instrumentos criados por este génio; uma esfera armilar do renascimento; os primeiros modelos de anatomia humana; vários instrumentos criados por Leonardo Da Vinci e muitos outros instrumentos, hoje rudimentares, que estiveram na origem da ciência moderna. Entre estes o quadrante fabricado por James Kynuyn, em 1595; trata-se do único instrumento que existe dispondo do nónio de Pedro Nunes. Imperdível!
Imperdível é também a igreja de Santa Cruz (Santa Croce), em Florença. As suas capelas foram projetadas por Giotto, Della Robbia e Brunelleschi. Mas não se trata de uma igreja convencional; é um autêntico panteão do renascimento e não só.
Esta igreja alberga 276 túmulos e sepulturas de nomes imortais das artes e das ciências, como Michelangelo, Ghiberti, Machiavelli, Dante, Galileu, Guglielmo Marconi e Enrico Fermi, só para citar alguns. Por tudo isto Florença é uma cidade de excessos.

A fachada principal da catedral de Florença (Duomo).
Pormenor da porta do paraíso do batistério de Florença .
Cúpula da catedral de Florença, vista do Campanário.
Montra da uma loja da ponte de Vecchio.
Fachada do Museu de História da Ciência.
Fachada da igreja de Santa Croce.
Túmulo de Galileu na igreja de Santa Croce.

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