Etna (Sicília, Itália) – O colosso da natureza.

Vista do cone principal do Etna com o imenso manto basáltico. 
O Etna é o maior vulcão da Europa. A subida à sua cratera constitui uma experiência inesquecível. Situada a cerca de 3300 metros de altitude, a subida até à cratera é bastante exigente, mas a vista que se alcança do topo é fantástica. Além do mar mediterrâneo, podemos ver outro mar; um mar negro de escoadas de lava que o Etna expeliu ao longo dos últimos anos. A volumetria, extensão e caraterísticas destas formações, deixam o mais comum dos seres humanos sem palavras e em silêncio… assumindo que está perante um santuário, neste caso natural. 

A cratera do Etna com manifestações de atividade vulcânica.

A subida à cratera do Etna é bastante exigente. Processa-se em três fases. A vertente norte é a mais acessível para quem sai de Taormina. Viajando de automóvel por autoestrada em direção ao sul, seguimos depois por uma estrada ziguezagueante por entre as escoadas de lava até ao refúgio de Piano Provenzana (2000 m).

Em Piano Provenzana o trajeto faz-se em pequenos autocarros de tração integral.


A segunda fase tem início neste refúgio, mas não de automóvel. A partir daqui, e sempre acompanhado por um guia local, um mini-bus todo-o-terreno conduz os visitantes através de um percurso íngreme e ziguezagueante por caminhos de cinza vulcânica com alguns lances de cortar o fôlego, que passa pelo Vale de Bove, depressão por onde deslizou a lava das erupções de 1993. Pelo caminho, cruza-se uma paisagem lunar de cinzas e de escoadas de basalto formadas durante as erupções que ocorreram entre 1956 e 1983.
O penoso percurso até à cratera do Etna.
A cerca de 2800 m de altitude o mini-bus deixa os visitantes num pequeno planalto e tem início a terceira fase. Para os mais corajosos, espera-os uma subida a pé, estilo trekking, muito íngreme até à cratera situada a cerca de 3300 m de altitude. Trata-se de um caminho pouco definido, em cinza vulcânica muito fina que, liberta um pó ultra-fino muito incomodativo. A subida é muito exigente em termos físicos; devemos ir equipados com calçado de montanha e roupa quente, mesmo no verão são aconselháveis, por isso esta subida deixa para trás alguns dos candidatos corajosos. Após cerca de 40 minutos lá chegamos a uma das crateras do Etna, como sempre em atividade. No topo, um limite de aproximação das crateras (cerca de 50 metros) deve ser respeitado. As crateras fumegantes libertam um cheiro quase insuportável, fruto dos gases sulfureto de hidrogénio e dióxido de enxofre. Olhando em volta, a paisagem é inesquecível – mais perto de nós um extenso mar negro de basalto, segue-se um mar verde de floresta e, mais longe um mar azul de água - o mediterrâneo.

A cratera Bocca Nuova com intensa atividade de fumarola.
Uma enorme escoada de lava próximo da cratera engoliu uma floresta.

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