Um dos pontões espalhados pelas praias de Arromanches,
testemunham o desembarque do dia-D.
A Normandia, no norte de França, é conhecida palas suas casas pitorescas e pelas paisagens deslumbrantes. Mas, é impossível visitar a Normandia sem sentir o peso do dia-D, o dia 6 de junho de 1944. Ainda hoje são inúmeras lembranças desse dia, que marcou um novo rumo para a Europa. Desde museus alusivos ao desembarque, cemitérios evocativos, centros de interpretação, veículos militares e blindados da II guerra mundial nas principais praças e mesmo armas pesadas da época, além de inúmeros memoriais, testemunham o protagonismo desta região para a história do mundo.
Trata-se de relembrar um dia que marcou o rumo certo na história da Europa e da humanidade, mesmo com o custo de milhares de baixas nas tropas aliadas. Será mesmo um dos dias mais importantes do século XX. O filme “O Resgate do Soldado Ryan” dirigido por Steven Spielberg retrata violentamente, nos primeiros 30 minutos, o desembarque da Normandia.
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O cemitério americano de Colleville-sur-Mer tem 9387 campas de soldados americanos. A maior parte deles morreram no dia D, precisamente na praia que fica a escassos metros do cemitério. |
Uma das placas comemorativas do gigantesco porto
artificial de Mulberry em Arromanches.
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Para sabermos interpretar as paisagens da Normandia é indispensável termos presente alguns acontecimentos da época. O desembarque da Normandia, o dia-D, cujo nome de código era "Operação Overlord", foi a invasão das forças dos Estados Unidos, Reino Unido, França Livre e aliados na França ocupada pelos alemães na segunda guerra mundial. Este desembarque não seria possível sem o porto Mulberry. Esta foi a designação atribuída a um conjunto de gigantescos pontões, em betão, e outras estruturas metálicas, para permitir o desembarque de milhares de veículos de combate, bem como toda a logística necessária às tropas aliadas durante o dia-D, a 6 de junho de 1944, nas costas da Normandia. Tratou-se de uma obra de engenharia impressionante, acompanhada de perto pelo próprio Wiston Churchill.
Alguns destes pontões ainda se encontram espalhados pelo litoral de Arromanches, pequena vila da Normandia que é considerada a capital do desembarque do dia-D. Uma questão se levanta aqui… porquê a construção de um gigantesco porto artificial para permitir o desembarque de largos milhares de soldados e vários milhões de toneladas de material militar no alto mar? Não seria mais fácil desembarcar em terra firme? Certamente, mas a costa da Normandia estava infestada de poderosas armas pesadas dos alemães. Mas, a razão principal prende-se com o facto da Normandia ser uma das regiões onde a amplitude das marés é das mais elevadas do mundo, chegando a atingir algumas dezenas de metros! Daí que o desembarque em alto mar ‘anularia’ o efeito das marés.
Monumento no cemitério americano de Colleville-sur-Mer
que evoca as baixas do dia D.
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Longues - Uma das várias armas pesadas alemãs e respetivo bunker,
que defendiam a costa da Normandia.
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Ouistreham - Mais um exemplar das armas alemãs nas praias da Normandia.
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